Thereza Collor passou, da noite para o dia, do anonimato para o título de "musa do impeachment" ou "cunhadinha do Brasil". Confira a matéria da revista Veja, publicada em 1997: Thereza irrompeu no imaginário nacional com um rosto feito para se sonhar com o céu, pernas desenhadas para o pecado e o signo dos escolhidos pelos deuses para se divertir com as ironias do destino. Foi numa audiência seriíssima sobre assunto de governo que a moça adentrou o auditório de um hotel em São Paulo, acompanhando o marido, Pedro Collor. Acusador do irmão presidente, Pedro apresentou um atestado de sanidade mental para provar que não estava "emocionalmente perturbado", como afirmava sua própria mãe. Mas a platéia, emocionalmente perturbada, nem sequer olhou para o papel. Como num conto de Nelson Rodrigues, todos se faziam espiar a cunhada, embrulhada em um tailleur xadrez com a saia algumas polegadas acima do suportável por coronárias masculinas. A saída, jornalistas, deputados e circunstantes se acotovelavam. "A cunhada", ofegavam, "viste as coxas da cunhada?" Maria Thereza Lyra Collor de Mello virou a musa do impeachment, a bela das Alagoas, a cunhadinha do Brasil. Isso foi ha cinco anos. Pedro morreu de um câncer fulminante, a República de Alagoas virou fumaça, mas Thereza continua sendo cada vez mais Thereza. Ela nunca foi militante feminista ou, Deus a livre, sem-terra. Nunca posou nua (não por falta de convites, a claro) nem dançou o tchan. Ha mulheres com pernas mais bonitas do que as suas, imagina-se. Mas ela a Thereza, e isso a fato de alta significância. Se não, por que alguma daria bola para uma coleção de jóias criadas por ela? Quem compraria 22.000 exemplares de seu kit de emagrecimento, a base de sucos e sopas, em apenas três meses? A 165 reais cada um? Filha do político João Lyra, Thereza nasceu em Recife e logo cedo foi morar em Alagoas. Formou-se em História e se casou com o empresário Pedro Collor de Mello. Em 27 de maio de 1992, com o tailleur quadriculado, Thereza entrou para a galeria dos personagens da política brasileira no processo que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Mais tarde, convidada pelo governador Ronaldo Lessa para ser embaixadora do Turismo Alagoano, aceitou a empreitada. Depois de cumprir um mandato como secretária de Turismo de Alagoas, entre 1995 e 1998, ela recusou o convite do governo do Estado para reassumir a cadeira, por achar política "algo estafante". Também foi presidente da Fundação Teatro Deodoro. Devido aos serviços prestados ao Estado de Alagoas, recebeu o título de cidadã honorária pela Assembléia Legislativa, em 1997, e a Comenda Lar São Domingos em 1998. Foi madrinha da Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro - Maestro Florentino Dias, em 2000. Já foi desginer de jóias, e mais tarde proprietária da butique de roupas "The". Em 2002, iniciou o trabalho na área de moda, mais especificamente na alta costura, mas por razões financeiras a loja terminou entrando em falência. Apaixonada por antiguidades, costuma fazer viagens a destinos exóticos da África e Ásia. É de lá que hoje em dia ela traz seus objetos de prata (atualmente tem mais de meia tonelada deles), aos quais já declarou ser a nova paixão. Tem dois filhos, Fernando e Victor, do primeiro casamento e é atualmente casada com Gustavo Halbreich, empresário paulista do ramo da construção civil, a quem conheceu quando foi ao Spa Sete Voltas. O Collor do nome é sua única ligação com o passado. Thereza não mantém contato com ninguém mais do clã. Não proíbe, porém, os filhos de se relacionarem com os primos Arnon e Joaquim Pedro, filhos de Fernando Collor com a primeira mulher, a empresária Lilibeth Monteiro de Carvalho, de quem é amiga.
Thereza e Pedro Collor
1 Comentário
Eu :D HAUAHUSA..
Postado em 21 de maio de 2009 às 10:27
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